Hoje, 28 de setembro, é o Dia Internacional do Direito de Saber.
A data existe desde 2002. Foi proposta por organizações internacionais que trabalham com liberdade de informação.
A linguagem clara também está na trincheira dos que lutam pelo livre acesso à informação no mundo. E como está.
Sinto o cheiro de pólvora cada vez que vejo informações essenciais aprisionadas em textos mal escritos, confusos, pseudoeruditos, mal diagramados e inadequados ao contexto.
Como neste aviso de vacinação em um mural de escola pública na zona norte do Rio.
Quantas crianças deixam de ser vacinadas e ficam doentes porque os cuidadores não conseguem entender um texto assim?
Claro, não deve ter sido por mal que a escola disponibilizou um texto incompreensível para a maioria. O objetivo da escola é que todas as crianças fiquem imunes a doenças.
Para isso acontecer é preciso que os responsáveis entendam as instruções e levem os pequenos ao posto de vacinação na data certa.
A escola não deve saber que existe um jeito mais simples e eficaz de transmitir informação por escrito. Ou então porque recebeu o texto daquele jeito e a burocracia não deixa reescrever.
Ninguém lá deve ter ouvido falar de linguagem clara e como ela facilita a compreensão de um texto.
É missão, dever, oportunidade, apostolado – vai saber que palavra cabe – de quem conhece a linguagem clara passar esse conhecimento adiante. Tenho procurado fazer a minha parte.
Espero que esse blog chame atenção para a causa da clareza e que a trincheira dos que combatem a exclusão social pela linguagem ganhe novos adeptos.
Quanto mais brasileiros tiverem acesso a informações que consigam realmente entender, melhor será o nosso país. Estamos falando de um processo longo, mas possível. Basta um monte de gente querer.
E viva 28 de setembro! Viva o direito de saber! Viva o direito de ler, entender e agir! Viva a linguagem clara!